sábado, 22 de março de 2014

DIA INESQUECÍVEL


Este aí na foto é o Emanuel.
Nome cujo significado é “Deus Conosco”.

Como você pode observar, meu veículo (transporte escolar) está estacionado logo adiante.
Eu estava em movimento e me deparei com um carrinho de reciclagem logo à minha frente. Nada incomum, a não ser o fato de que na parte de trás do carrinho havia um cartaz que me chamou a atenção, nele o dizer: “DEUS É FIEL”.

Durante alguns instantes permaneci caminhando lentamente atrás dele, enquanto o trânsito ao nosso lado fluía, e minha mente a me questionar:
 - Deus é fiel para ele. E para você?

O trânsito fluiu e pude ultrapassá-lo, mas minha mente continuou a me fazer perguntas do tipo: - Você tem sentido a fidelidade de Deus em sua vida? O que é fidelidade de Deus para você?

Foi quando parei no semáforo logo à frente, e como se estivesse sendo provocado a novos questionamentos, percebi à minha frente uma linda caminhonete, cabine dupla, dessas que é o sonho de muitas pessoas, e que tinha em seu vidro traseiro um adesivo, com o seguinte dizer: “DEUS É FIEL”.

Como não poderia deixar de ser, minha mente continuou a me provocar:
- Qual será o conceito da fidelidade de Deus para o proprietário desta caminhonete? E para a família dele? O que é fidelidade para aquele carrinheiro?

Decidi retornar, e dando a volta na quadra, passei a procurar o carrinheiro. Ao avistá-lo, estacionei, peguei minha máquina fotográfica iniciando uma abordagem amigável, e após uma conversa de alguns minutos, perguntei qual o significado daquele cartaz em seu carrinho.
Ele então me disse: -
“Deus é fiel para mim. Tenho o meu trabalho, e através dele levo comida para meus filhos e minha esposa, e Ele tem me dado saúde.”

Fiquei muito impressionado com a simplicidade daquelas palavras, palavras que correspondiam a uma verdade repleta de sabedoria.
O conceito que ele possui a respeito da fidelidade de Deus não está baseado na qualidade ou quantidade de bens materiais que eventualmente ele possui, e que de certa forma estão representados através de sua simples ferramenta de trabalho.

Emocionei-me e pedi para tirar uma fotografia, o que ele amavelmente autorizou. Depois de uns 20 minutos de boa conversa nos despedimos e continuamos nossos caminhos.

Nunca mais esquecerei este dia, quando me deparei com uma pessoa especial, cuja humildade e dignidade percebi não apenas em suas palavras, mas também em seu olhar, lançado com a cabeça erguida em uma posição em que não se colocava com um valor nem maior, nem menor de quem quer que fosse.
Para Emanuel Deus é fiel.

Agora fica o meu questionamento para você... qual seu conceito quanto à FIDELIDADE DE DEUS diante das lutas que tem travado em seu dia a dia?

Que sua mente lhe provoque tantos questionamentos quanto a minha.


Marcos Miranda

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

RACISMO?


Estamos todos nós tão perdidos neste questionamento, que quando tratamos naturalmente bem um negro dizem que queremos ser “bonzinhos”, ou politicamente corretos, e quando um negro se aproxima naturalmente de um branco por afinidades pessoais, afirmam que ele está querendo se aproveitar, ou que está "puxando o saco". 

Diante disto, é perfeitamente normal observarmos as pessoas se tornarem apáticas quanto ao tema, por não saber o que a sociedade entende como certo ou errado e por medo de serem recriminadas. 

Ou seja, por não conseguirmos enxergar o que se passa na mente e no coração das pessoas, facilmente fazemos críticas quanto às suas atitudes, mas as fazemos movidos por valores e conceitos pessoais quanto ao que é certo ou errado no tocante ao assunto. 

Enquanto uns se acharem preteridos e outros, rejeitados por causa de erros do passado, da cor, e da posição social e econômica, jamais teremos uma sociedade que caminhará na mesma direção. Enquanto agirmos assim, e precisarmos da lei para nos fazer iguais, não nos livraremos definitivamente do racismo e do preconceito.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

SE EU FOSSE VOCÊ

Há algum tempo atrás, encontrei uma pessoa que foi e é muito importante em minha vida.

Falamos de nosso tempo de escola, nossa adolescência, juventude e família... até que descobri que ela era fumante, e que algumas vezes tentou parar, mas acabava cedendo ao desejo.
Despedimos-nos, e naquele mesmo dia decidi escrever algo a respeito, enviando para ela.
Quando nos reencontramos, não sei se fiquei mais surpreso ou mais contente ao ouvir que após ler o texto decidiu tentar novamente e que agora, quando a vontade bate ela lembrava de mim... do texto...
Segue o texto para quem estiver pensado em parar de fumar, ou quem sabe esteja ajudando um amigo nesta luta.



SE EU FOSSE VOCÊ

Se eu fosse você pegaria um cigarro.
E seria hoje!

Sim!

Pegaria um cigarro...
e olhando para ele... tentaria recordar um só benefício que me trouxe ao longo de todo o tempo que esteve ao meu lado.
Ainda que eu saiba que seria em vão esta procura.

Olhando para ele...
pensaria em todas as pessoas que verdadeiramente me amam e desejam que eu me livre definitivamente dele.

Olhando para ele...
tentaria recordar quantas vezes uma pessoa muito especial... por me amar...  me pediu... de maneira igualmente especial... que eu o largasse.

Mais ainda...

Olhando para ele...
pensaria no fato de que para eu amar alguém de maneira especial... se faz necessário também que eu me ame da mesma forma...
Sim... pois preciso me amar primeiro para amar o outro...

 e se desejo o melhor para quem amo, como posso não desejar o mesmo para mim?

Sendo assim...
Se eu fosse você pegaria um cigarro.
E seria hoje!

Eu o jogaria bem longe... como uma forma simbólica... mostrando para mim mesmo que sou mais forte que ele...

Mas... como não sou você... posso apenas me unir a todas essas pessoas que demonstraram lhe amar profundamente e lhe dizer...

Seja forte e corajosa... VOCÊ VAI VENCER!!!!!

Marcos Miranda

sábado, 2 de fevereiro de 2013

“ENSINA A CRIANÇA O CAMINHO QUE DEVE ANDAR E AINDA QUANDO FOR VELHO, NÃO SE DESVIARÁ DELE.” Prov. 22:6

MAS COM ESSE EXEMPLO?

Hoje, como faço todos os dias de segunda à sábado, fui caminhar em meu parque preferido.
E hoje, quase foi minha vez... minha vez de ser atropelado por uma das bicicletas que fazem uso da mesma pista, apesar da proibição.
Foi aí que observei com maior atenção a placa indicativa que esclarece qual a finalidade da pista em torno daquele belo lago.

Será que vai ser preciso uma criança, um idoso ou qualquer outra pessoa ser ferida gravemente para se tomar uma atitude ou para se buscar culpados, como temos visto em vários exemplos do dia-a-dia?
Desculpas e explicações certamente cada um terá as suas, seja ciclistas ou prefeitura, mas e a responsabilidade diante dos fatos?
Fica evidenciado que não fomos ensinados como deveríamos, mas, mudar isso depende de nós pais, avós e tios das novas gerações.

Se continuarmos levando nossas crianças ao parque e ignorando as placas ali existentes, como esperar que elas respeitem a placa de 60Km/h ao estarem “habilitadas”?
Reclamamos dos radares na frente de nossas crianças, mas nos esquecemos de lhes dizer que os radares só afetam aqueles que desrespeitam os limites regulamentados por lei, e assim indiretamente nos incluímos nesta lista.
“Ensina a criança o caminho que deve andar”, isto significa ensina-la a caminhar sobre os nossos passos.

Fica então a pergunta:
Meus passos têm ensinado meu filho, neto ou sobrinho a caminhar de tal forma que suas atitudes farão a diferença na sociedade do amanhã?
Que tal começar ensinando-as o significado da palavra “PISTA EXCLUSIVA” encontrada na referida placa de sinalização?

PISTA EXCLUSIVA = restrita; individual.

Ou seja, no caso específico, a pista é de um “DIREITO EXCLUSIVO” para pedestres.
“Não dá nada!” Frase muito usada por crianças e jovens cujos limites não lhes foram devidamente ensinados, e que possui a falsa ideia de que “tudo pode ser feito, pois não há quem nos impeça”.
Para eles, esta frase não está ligada ao fato de que possa ocorrer um acidente, mas ao fato de que não serão “punidos”, afinal, seus pais estão ao lado para “protegê-los”.
Estamos observando a construção de uma geração futura cuja consciência de cidadania se torna cada vez mais relativa, em vez de objetiva. 
Sendo assim, o comportamento social se torna mais depende das suas próprias necessidades pessoais do que do direito coletivo firmado através das normas e leis que visam o bem comum.

Será que estamos realmente preparando nossas crianças para o mundo?
Ou estamos esperando que o mundo se prepare para nossas crianças?

Marcos Miranda

quinta-feira, 31 de maio de 2012

ESCOLA – ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA


Todo ano é a mesma coisa.
Pais orgulhosos por verem seus filhos iniciarem o ano letivo, especialmente os de ensino fundamental, afinal de contas, desejam o melhor para eles e o conhecimento é o melhor caminho.

Pais que olham por sobre o muro o caminhar dos filhos até as salas de aula, certos de que a escola é o melhor local para fortalecer as teorias do conhecimento e educação, já que a prática em si se dá fora deles.

Para que servem então os muros das escolas?
Observação intrigante esta!

Se considerarmos que pais e mães entendem o papel da escola na educação de seus filhos como sendo essencial, o que motiva muitos desses a não colaborarem de forma significativa neste processo com seus próprios exemplos?
Poderiam começar pela demonstração de cidadania!

A bíblia, livro sagrado utilizado por muitas religiões cristãs espalhadas pelo mundo, mostra em uma de suas passagens, no livro de Provérbios (22:6), algo interessante a este respeito, evidenciando a responsabilidade dos pais como exemplos na formação de seus filhos, ela diz:

Provérbios 22;6 
Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele 

O problema aqui, talvez esteja no fato de que em geral as pessoas relacionam esse provérbio às questões espirituais, esquecendo-se de que ele deve ser entendido como sendo uma verdade que abrange toda a formação do caráter das crianças, o qual refletirá naturalmente quando ela estiver inserida no contexto social.

Sendo assim, fica subentendido a  necessidade dos pais serem os primeiros mestres para suas crianças no que diz respeito às questões básicas deste convívio, os quais serão reforçados em sala de aula através dos professores.

No entanto, todo início de ano letivo, do lado de fora do muro da escola observamos uma realidade bem diferente. 
Pais transbordando de alegria, mas, displicentes quanto ao seu papel.

Não fazem uso de cinto de segurança e não os utilizam em seus filhos, estacionam em todo e qualquer lugar proibido desde que lhes sejam convenientes; na contra mão para ficar bem em frente ao portão; em locais reservados para portadores de deficiência e  idosos; porém o mais procurado é o reservado para o transporte escolar e de preferência se nele estiver indicado os horários de proibição.

Filas duplas e estacionamento em cima das calçadas para que eles possam satisfazer os desejos de seus filhos no pipoqueiro, pentearem seus cabelos; ou mesmo leva-los até a sala de aula é muito comum.

Ignoram o fato de que locais para embarque e desembarque de estudantes não é sinônimo de estacionamento. Esquecem-se de que seus filhos não são os únicos no mundo estudantil, e que muitos outros ainda chegarão.

Para alguns pais, parece que a tão almejada educação de seus filhos está apenas dos muros da escola para dentro dela.
Por outro lado, se compreendermos que a maior e melhor escola para as crianças é seu próprio lar, tenho medo de tentar descrever como estão muitos deles.

E vou além, pois pior do que observar alguns pais agindo desta forma é observar professores, professoras e até diretores e diretoras estacionarem seus carros embaixo das placas indicadoras de local específico para transporte escolar.
Professores que enquanto ensinam suas matérias deixam de lado suas características naturais de formadores de opinião e perdem a oportunidade de darem o exemplo de cidadania, respeitando as leis de trânsito.
Professores e professoras que, além disso, também são pais... e agora... o que pensar... o que esperar desse desrespeito generalizado?
A individualidade e o egoísmo estão sendo impostos a estas crianças de uma maneira tão sutil que nem pais e nem professores conseguem se dar conta disso.

Alguns serão médicos, engenheiros, funcionários públicos e até professores, mas criados como se fossem o centro de tudo, iguaizinhos aos seus pais, que agem como se o mundo girassem em torno deles, sempre certos, estando o resto das pessoas erradas.

Diante de tudo isso, qual você acha que será o comportamento desses futuros cidadãos?

Creio que há algum tempo muitos dos pais deixaram de ser os pais que os filhos precisam.

Pais que precisam deixar de ver o Muro da Escola como sendo apenas uma forma de trazer segurança para nossas crianças e passarem a enxergar nele um Portão.

Portão esse que ao ser ultrapassado por uma criança se torna simbolicamente o elo que une aquilo que se aprendeu do lado de fora com o que se aprenderá do lado de dento.

Precisamos então fazer com que tanto dentro quanto fora desse muro a LUZ DA EDUCAÇÃO seja o reflexo maior dos membros da comunidade em que vivemos, nos levando a entender que nossos deveres devem sempre se sobrepor aos nossos direitos.
Para isso, precisamos acabar com a idéia de que o muro da escola é apenas uma linha divisória 

                                            ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA.

domingo, 8 de abril de 2012

PÁSCOA?


É interessante analisar o quanto o verdadeiro significado da Páscoa está se perdendo a cada ano.

Meu trabalho me traz a oportunidade de me relacionar diariamente com crianças, adolescentes e jovens, e nunca deixo passar a chance de através de suas atitudes e conversas fazer uma leitura simples, mas com um fundo sociológico, pois nelas se refletem os rumos que nossa sociedade está trilhando.

Fico impressionado com o esforço e a dedicação que escolas, professores, pais e alunos demonstram ao comemorarem algumas festas, especialmente a do Halloween, cujas raízes estão distantes das nossas, superando inclusive as juninas, que estão sendo apagadas lentamente de nossa cultura.

Nesta semana, ouvi de dois jovens que falavam sobre o que fariam no feriado da “SEMANA SANTA” o seguinte diálogo:
- Não vejo a hora de chegar quinta-feira, vamos para a praia.
- Pô “véio” eu ia te convidar para um “churras”.
- Mas é SEMANA SANTA e não pode comer carne, só peixe!
- Quer dizer que esta é a semana santa e as outras são as “SEMANAS SAFADINHAS?”
Depois disso, muitas risadas foram compartilhadas.
Ou seja, para muitos deles, em suas mentes está a idéia de uma “SEMANA SANTA”, fixada em suas consciências provavelmente por uma questão de “tradição familiar”, ou por entenderem ser uma exigência divina, talvez como forma de sacrifício pessoal.
Se assim o for, ou não entenderam o papel de Cristo em seu SACRIFÍCIO por cada um de nós, ou consideram que este não foi suficiente para lhes trazer a SALVAÇÃO.

De uma forma ou de outra, para a grande maioria das pessoas, especialmente nossas crianças, a Páscoa tornou-se um momento triste onde um homem morreu crucificado.
Ou então, um bom momento de se ganhar chocolates, alguns em forma de coelhinhos, outros de ovinhos, os quais possuem significados dentro desta comemoração, mas que são ignorados, esquecidos diante da correria de se escolher o melhor e maior chocolate nos supermercados para agradar o próximo e mostrar poder financeiro, ainda que sejam comprados no cartão de crédito em 10 vezes.
Tão ignorados quanto a ALEGRIA da PÁSCOA.

Sim, a alegria... a alegria que supera a dor e a tristeza da realidade por ela mostrada.
A alegria da RESSURREIÇÃO, que nos traz esperança, que nos mostra que a vida é muito mais do que uma simples passagem neste mundo tão conturbado.
A alegria de enxergar com os olhos do coração o verdadeiro sentido da Páscoa, que não está na quantidade, na qualidade, ou no tamanho dos ovos de chocolate recebidos neste dia.
A alegria de receber, ainda que sem merecer, todo o amor demonstrado por DEUS através de seu filho JESUS CRISTO, que foi entregue para ser SACRIFICADO por mim e por você.
E que ao vencer seu último “inimigo”, a morte, ressuscitou, mostrando de forma prática que “TODO AQUELE QUE NELE CRER SERÁ SALVO E TERÁ A VIDA ETERNA”.

Após esta reflexão, sem nenhum constrangimento quanto ao fato de que não conseguirei dar um ovo de chocolate para cada uma das pessoas que amo, deixo para cada um de vocês aqui o que tenho de mais precioso em minha vida. Deixo o meu desejo de que JESUS CRISTO esteja morando em seus corações da mesma forma que vive no meu.


FELIZ PÁSCOA PARA TODOS!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

ENTRE O VELHO E O IDOSO

No Último dia 27 de julho, ao comemorarmos os 84 anos de vida de nosso pai, dediquei a ele algumas palavras que certamente expressaram o sentimento de todos os filhos e netos, iniciando assim...

Diante do aumento da expectativa de vida do ser humano encontramos alguns “obstáculos” a serem enfrentados de frente pela sociedade. Entre eles está a necessidade de se mudar os conceitos a respeito da velhice que ao longo de muitos anos nos foram impostas.

Certamente você já deve ter ouvido alguém dizer:

“Por que tanta vaga para idosos?”...

“Lugar de idosos é em casa”...

“Não sei por que fila especial para idoso se eles têm agora todo o tempo do mundo”

...entre outras...

Observamos que o mercado de turismo, as academias de ginástica, a moda, e até mesmo alguns médicos geriatras estão de olhos abertos para a faixa etária acima dos 65 anos de idade, mas certamente estes estão interessados em função do potencial financeiro que eles apresentam, já que podem fazer uso de seus ganhos sem se sentirem culpados, pois afinal, seus filhos estão criados, encaminhados na vida. (dadas as exceções sociais é c

laro)

Precisamos formar uma nova mentalidade em nossas crianças e adolescentes, que serão os jovens de amanhã e consequentemente os profissionais que poderão atender você e eu, que ainda não estamos nesta faixa etária, seja em bancos, em clinicas médicas, INSS, etc...

Como queremos que nos tratem?

Como um velho?

Ou como um idoso?

Sim... porque para mim há uma diferença entre as duas palavras.

A primeira

VELHO

pode ser relacionada com algo que não presta mais, algo que não desejamos ter mais conosco, que pode ser descartado, jogado fora no lixo.

A segunda – IDOSO – nos leva a uma reflexão a respeito de alguém que tem sua vida marcada pelos anos vividos, por sua história, por seus conhecimentos, por suas experiências negativas e positivas.

Trata-se de alguém que pode colaborar significativamente comigo e com você, mostrando caminhos que podem e que não podem ser seguidos.

Precisamos mostrar às novas gerações a importância de se dignificar nossos idosos. A importância de garantirmos seu bem estar, mas, também de defendermos sua autonomia e seu direito à vida mesmo diante de suas limitações.

Precisamos cultivar em nossos jovens a visão de que nossos idosos possuem o direito de recordar os anos que viveram.... Sem esquecermos jamais que eles também possuem o direito de pensar nos dias que hão de vir, pois certamente além de terem muito a nos ensinar, ainda conservam a capacidade para muito aprender.

É certo que não é fácil ser idoso!

Mas o segredo do idoso que não se abate diante das limitações e das dificuldades está na sua confiança depositada aos pés da cruz de Cristo.

Em Isaías, um livro que relata a total dependência do povo de Deus e das intervenções Dele diante das lutas desta vida, encontramos no capítulo 46. 3 - 4 o seguinte texto :

“Ouvi-me, ó casa de Jacó, e todo o restante da casa de Israel; vós a quem trouxe nos braços desde o ventre, e sois levados desde a madre.

E até à velhice eu serei o mesmo, e ainda até às cãs (cabelos brancos) eu vos carregarei; eu vos fiz, e eu vos levarei, e eu vos trarei, e vos livrarei.”

Hoje, pai... meu desejo é que ao comemorarmos mais este ano de vida que Deus lhe concede, o senhor possa enxergar e sentir todo o respeito e consideração que todos temos pelo senhor... pelos seus anos vividos... por sua história de vida... com todos os seus possíveis erros, mas especialmente pelos seus e acertos, os quais forjaram nosso caráter.

Que Deus nos abençoe com a mesma intensidade que lhe tem abençoado!

Eu te amo, meu querido pai!